FNAC e o compromisso com a inclusão: integrar pessoas com diversidade funcional como valor e prática empresarial

Integrar pessoas com diversidade funcional no mercado de trabalho continua a ser um desafio essencial para a construção de uma sociedade mais justa. Na FNAC, este compromisso faz parte da cultura da empresa e tem vindo a ganhar cada vez mais força. Em entrevista ao Centro de Recursos da A2000, Susana Teixeira, coordenadora de Recursos Humanos da FNAC Norte, partilhou a sua experiência e a forma como a empresa encara a inclusão de colaboradores com diversidade funcional.

Na prática, a FNAC aposta em ajustar as funções ao perfil de cada pessoa, garantindo que ninguém fica limitado por estereótipos. “Temos colaboradores com diversidade funcional integrados em várias áreas, sempre de acordo com o perfil, as competências e os interesses de cada candidato”, explica Susana Teixeira. Entre as tarefas atribuídas estão o atendimento ao cliente em caixa, o apoio nas vendas e em loja, a reposição de produtos ou até atividades logísticas. O mais importante, sublinha, é que cada colaborador tenha “um papel ativo, valorizado e adequado às suas capacidades.”

Para apoiar a integração, a FNAC tem recorrido ao Contrato de Emprego Apoiado em Mercado Aberto, promovido pelo IEFP, ainda que a sua prática habitual seja a contratação com vínculo sem termo. “Apesar de recorrermos pontualmente a esta medida, a nossa prática habitual é a contratação com contrato de trabalho sem termo, reforçando o nosso compromisso com a inclusão sustentável e com a valorização dos colaboradores a longo prazo”, afirma a coordenadora de Recursos Humanos.

Esta estratégia só é possível graças à colaboração com associações como a A2000, que estabelecem a ponte entre candidatos e empresas. “São estas entidades que conhecem melhor os candidatos, compreendem as suas capacidades, interesses e necessidades, e conseguem identificar qual a solução mais ajustada para cada momento da sua integração profissional. O apoio da A2000 foi determinante para facilitar este processo, não só pelo acompanhamento técnico e humano, mas também pela proximidade e disponibilidade demonstradas ao longo de todas as fases”, reconhece Susana Teixeira.

A decisão de integrar pessoas com diversidade funcional, garantem, não é apenas uma resposta a uma obrigação social. “A FNAC sempre valorizou a inclusão como parte essencial da sua cultura e dos seus valores. Trabalhamos para promover a diversidade em várias dimensões: funcional, cultural, geracional, de género, entre outras, porque acreditamos que equipas diversas são mais ricas, mais humanas e mais capazes de responder aos desafios com criatividade e empatia.” Por isso, a decisão de integrar pessoas com diferentes perfis no nosso quotidiano laboral é uma escolha consciente, alinhada com o nosso compromisso com a inclusão e com a construção de ambientes de trabalho mais justos e representativos.

E os resultados estão à vista. Nas lojas, a presença de colaboradores com diversidade funcional tem tido impacto positivo tanto na produtividade como na motivação das equipas. “A diversidade de experiências e formas de pensar estimula a criatividade, a inovação e a resolução de problemas. Além disso, contribui para um ambiente mais empático, colaborativo e resiliente, onde se valoriza o potencial de cada indivíduo”, explica a empresa.

A experiência da loja de Vila Real é um bom exemplo. “O processo correu particularmente bem e dentro do esperado. A adaptação foi tranquila, com uma resposta positiva às exigências da função e uma excelente colaboração com os restantes elementos da equipa”, relata Susana Teixeira.

Com este percurso, a coordenadora de Recursos Humanos garante que a abertura para integrar mais colaboradores com diversidade funcional é clara e duradoura. “A aposta na diversidade funcional tem sido encarada não apenas como uma responsabilidade social, mas como uma oportunidade de enriquecimento humano e profissional dentro das equipas. Este compromisso diário traduz-se em práticas concretas, como o acompanhamento próximo, a adaptação de funções e a criação de ambientes inclusivos, onde cada pessoa tem espaço para contribuir e evoluir.”

No final da entrevista, Susana Teixeira deixa uma mensagem a outras empresas que ainda não deram este passo: “Vão-se surpreender e pela positiva. Promover a inclusão não é apenas cumprir uma responsabilidade social; é investir na riqueza humana das equipas. Ao abrir portas à diferença, ganham-se profissionais dedicados, equipas mais completas e uma cultura organizacional mais forte. A inclusão transforma e quem aposta nela, cresce com ela.”

Fátima Teixeira, Técnica da A2000

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