A2000 e Município de Murça apresentaram CLDS – 4G Murça, Milhões de Esperanças

Entidades, técnicas e clientes do CLDS

A A2000 e a Câmara Municipal de Murça apresentaram, no dia 24 de julho, o novo projeto CLDS 4G – Murça, Milhões de Esperanças, contrato local de desenvolvimento social que vai envolver todas as instituições do concelho, em prol da inclusão social de setores mais vulneráveis da população, através de uma intervenção de proximidade, em parceria com os agentes locais.

O CLDS 4G – Murça, Milhões de Esperanças desdobrar-se-á em três eixos, com o primeiro a ser dirigido ao emprego, formação e qualificação, o segundo à intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil, e o terceiro à promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa.

Um projeto estruturado, que o presidente da A2000, António José Ribeiro, sublinha como resultado do envolvimento de todo um conjunto de instituições, para que se tornasse uma realidade. “A A2000 é a entidade coordenadora desta parceria local alargada, que envolve praticamente todas as entidades existentes no concelho de Murça. Trata-se de um projeto que só se tornou possível com esta partilha e este sentimento de colaboração estreita, não só formal como materializada diariamente. O projeto, sediado em instalações cedidas pela Câmara de Murça, tem uma equipa no terreno que funcionará como o elo de ligação entre todas as entidades e instituições do Concelho de Murça e que estará seguramente preparada para garantir que todo este investimento que vai ser feito, irá de encontro aos objetivos ambicionados”, reiterou.

Outro dos aspetos destacados no discurso do presidente da Associação foi a disponibilidade que a instituição mostra, de exercer a sua missão onde for necessário, em prol da valorização da qualidade de vida das populações. “A A2000 está e estará sempre onde fizer sentido estar. É por isso que a A2000 dispõe de instalações em vários concelhos da região interior norte, como Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Baião, Resende, Armamar, Tabuaço, Chaves e Murça, abrangendo praticamente todos os concelhos limítrofes da região,” frisou “Relativamente ao CLDS-4G, estou convencido de que temos a melhor coordenadora e a melhor equipa do mundo para o cumprimento dos seus objetivos”, afiançou.

Num momento histórico e de natural felicidade por ver mais um projeto a tornar-se realidade, António José Ribeiro deixou às entidades e parceiros presentes uma palavra de confiança, no sucesso de um CLDS que pretende trazer “esperança” num futuro melhor para a população de Murça. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, na A2000, para defendermos e honrarmos a confiança que depositaram em nós. A A2000 existe pelas pessoas e para as pessoas e o nosso interesse é contribuir para o desenvolvimento do nosso território. À Câmara Municipal de Murça, à Segurança Social, ao IEFP e ao ACES, entrego a minha palavra de consideração por, mais uma vez, estarmos juntos ao serviço das pessoas e nesta missão tão nobre, embora exigente. Aos restantes parceiros aqui presentes, entrego solenemente, em nome da A2000 e da equipa do CLDS – 4G, o compromisso de disponibilidade e trabalho conjunto. Garanto-vos que iremos gerir, com rigor, os recursos à nossa disposição para este projeto e estou certo de que Murça estará socialmente melhor daqui a três anos”.

Presente na sessão esteve também o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Douro I – Marão e Douro Norte, António Gabriel Martins, que felicitou as entidades presentes, pela concretização deste promissor projeto social e elogiou a A2000 pelo trabalho que desenvolve na região. Reconheceu a A2000 como entidade de âmbito regional, pela abrangência das suas respostas sociais em prol da população e demonstrou o seu contentamento por saber que será esta Associação a coordenar o CLDS – 4G em Murça. “Da parte da ACES Douro I – Marão e Douro Norte, estaremos inteiramente à disposição de modo a assegurar e também contribuir para o sucesso deste projeto”, garantiu.

Presente em Murça, Doroteia Abraão, diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Real, assumiu ser “um privilégio” assistir ao nascimento de um novo projeto social e vincou a necessidade de concertar esforços para proteger e apoiar as populações, nos tempos de incerteza que vivemos. “A atual situação social reforça a necessidade de mobilizar a ação integrada dos diversos agentes de desenvolvimento local. Temos de aumentar os níveis de coesão social, concentrar a intervenção nos grupos com mais debilidades e congregar esforços para promover a inclusão social. Somos todos chamados a ter uma intervenção urgente, concertada e complementar. Esta congregação é-nos exigida, para sermos capazes de enfrentar esta situação. E este acordo que aqui é celebrado é um exemplo disso. Podem contar sempre com o Centro de Emprego e Formação Profissional. Que seja um projeto de muito sucesso”, desejou.

Anfitrião deste momento histórico, o presidente da Câmara Municipal de Murça, Mário Lopes, realçou a “equipa espetacular” que a A2000 vai colocar ao serviço da população e destacou a importância do investimento feito no novo projeto. “Vivemos tempos especialmente exigentes, em que o desperdício de recursos não é uma opção, ainda que, por vezes, o trabalho que mais mobiliza os eleitores, como grandes obras, nem sempre é o garante de um desenvolvimento mais sustentável dos territórios. O trabalho na área social é, neste sentido, menos visível, mas muito importante, pois ao promovermos a coesão social, estamos a criar condições para que os nossos concidadãos mais desfavorecidos possam sair dessa situação e melhorar as suas condições de vida, em vez de se perpetuarem em condições desfavoráveis. Agradeço todo o trabalho de todos os que se envolveram na concretização deste projeto, e que no final deste trabalho, possamos olhar para Murça como um concelho mais coeso e feliz”.

Contudo, e já antes destas declarações, o autarca não deixou de tecer rasgados elogios à A2000, e protagonizou mesmo um dos momentos mais emotivos da sessão pública de apresentação do CLDS – 4G, ao pedir aos presentes uma grande salva de palmas à A2000, pelo trabalho desenvolvido no concelho e no território. “Num momento destes, as circunstâncias obrigam-me a enaltecer todo o trabalho que a A2000 tem feito na área social. . Trata-se de uma Associação livre, que desenvolve por si própria e que, mesmo sem ser uma entidade estatal, consegue ter uma abrangência muito significativa neste território que, infelizmente, ainda precisa de respostas sociais de qualidade para poder desenvolver-se da forma como pretende. Durante este período que já temos de articulação com a A2000, a instituição soube ser persistente e, se há uns tempos atrás, não imaginaríamos que este momento fosse possível, aqui estamos todos, a comprovar que os projetos podem mesmo concretizar-se”, sublinhou.

Equipa da CLDS quer dar “Milhões de Esperanças” em Murça

Andreia Ribeiro, Andreia Henrique, Beatriz Ermida, Bruna Marques e Natália Gomes são as cinco colaboradoras da A2000 que vão compor a equipa que terá como finalidade garantir o sucesso do novo projeto da Associação. A tarefa revela-se um enorme desafio, até porque o CLDS pretende atingir, de forma estrutural, os vários fatores que estão na base dos problemas sociais que afetam a população. “Queremos, com o CLDS-4G, que haja uma clara e objetiva atuação no desenvolvimento de medidas que promovam a inclusão ativa de pessoas com deficiência e incapacidade, e de medidas de combate às situações de exclusão social, em particular à pobreza infantil que surge na maioria das vezes associada a agregados familiares desfavorecidos. Pretende-se, ainda, dotar as famílias de competências pessoais, sociais e parentais que promovam a sua inclusão social. O principal objetivo com a promoção deste projeto é conseguir, em parceria com as instituições e empresas do concelho, no âmbito da área social do nosso concelho, uma maior coesão, um maior desenvolvimento em diversas matérias importantes ao nível do emprego, do bem-estar e do apoio a um concelho tão envelhecido”, explicaram as profissionais da equipa.

Nas suas declarações, as colaboradoras descrevem o concelho de Murça como “muito frágil sob o ponto de vista da ação social”, por considerarem haver pouca gente a trabalhar no terreno, e identificam o isolamento social e as dificuldades no acesso a cuidados de saúde especializados como dois problemas particularmente complexos, daí considerarem-se como um “reforço” no trabalho a realizar, sempre em proximidade com os agentes locais. “Sabemos que não é suficiente tratar a privação para solucionar a pobreza, mas antes garantir que as pessoas tenham os recursos necessários à sua subsistência através de um meio de vida considerado como normal. Como tal, tendo em conta que no concelho de Murça já existem projetos sociais que vão ao encontro das necessidades da população mais vulnerável, as ações a desenvolver assentam numa lógica de continuidade, tendo como pilar fundamental o trabalho em rede com os diferentes atores locais, no sentido de assegurar que as mesmas tenham sustentabilidade e que os seus resultados permaneçam no período pós-projeto, esse é o nosso principal foco”.

Com eixos de atuação que abordam temáticas e públicos tão diversificados, desde crianças a idosos, passando por problemas sociais como o desemprego, fenómenos de exclusão social, pobreza ou a promoção da capacitação das pessoas através da qualificação técnica e profissional, as cinco técnicas da A2000 têm plena noção da dimensão do desafio que as espera, e pretendem criar as condições para que haja mais “esperança” em Murça… particularmente, onde ela menos possa existir. “Partimos nesta aventura com o espírito de missão, suportadas na certeza de que as instituições e os agentes públicos e privados locais, em rede, são a garantia de condições para os bons resultados que pretendemos e vamos lutar para alcançar. Pretendemos construir uma relação com os cidadãos/utentes, que se destaque pelo grande enfoque na componente empática, o que pode ser algo bastante desafiador, pois vamos trabalhar com pessoas muito distintas e com uma realidade diferente da nossa. A esperança é uma “crença” emocional na possibilidade de resultados positivos, ou seja, acreditar que algo é possível, mesmo quando há indicações do contrário. Digamos que a esperança é o sonho do homem acordado. Para nós, a expressão “milhões de esperanças” reflete exatamente no acreditar que os destinatários deste projeto, no final, acreditem que possam chegar mais perto do seu sonho ou mesmo realizá-lo. Deste modo, pretendemos, sempre, com milhões de esperanças, orientar, qualificar, capacitar e integrar os destinatários do projeto, promover a transformação social, garantir a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social e territorial”, concluem.

Gonçalo Novais, Técnico da A2000

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