Afinal, o que é a Diversidade Funcional?

Bonecos à roda com as mãos dadas, sendo pintados de várias cores e dois deles em cadeira de rodas

A diversidade funcional pode ser entendida como “a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano”, que podem ter impedimentos de natureza motora, intelectual ou sensorial.

Essa alteração poderá levar à perda de autonomia para a pessoa e, consequentemente, a sua participação plena e efetiva na sociedade. Assim, se todos temos “deficiências’” e/ou “incapacidades”, cabe à sociedade oferecer alternativas que permitam a plena participação de todos.

As Pessoas com Deficiência e/ou Incapacidade (PDCI) devem usufruir de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais como qualquer cidadão. É papel da sociedade criar condições que promovam a igualdade de oportunidades e a plena participação e autonomia de todos os cidadãos.

Existem vários tipos de deficiência e/ou incapacidades, contudo iremos focar-nos na deficiência intelectual. A deficiência intelectual caracteriza-se por défices nas capacidades mentais genéricas, nomeadamente ao nível do raciocínio, planeamento e resolução de problemas, pensamento abstrato, aprendizagem escolar ou com a experiência, memória, atenção, linguagem, cálculo, entre outras. Estes défices resultam em prejuízos no funcionamento adaptativo, sendo que a pessoa não consegue atingir padrões de independência pessoal e responsabilidade social em vários aspetos da vida diária (ex.: comunicação, participação social, funcionamento académico ou profissional e independência pessoal em casa e/ou na comunidade). Assim, dadas as limitações vigentes nas PCDI, é necessário ajustar a nossa forma de estar perante as mesmas, tratando-as com respeito e igualdade.

Então, como devemos comunicar com uma pessoa com deficiência intelectual?

– Adequar o vocabulário à idade da pessoa. Se for adolescente, trate-o como adolescente e se for uma pessoa adulta, trate-a como tal.
– Utilize um discurso simples e concreto. Quanto mais básica uma palavra for, melhor será a possibilidade de que ela seja entendida. Por exemplo, “grande” é uma escolha melhor do que “imenso”; “livro” é uma escolha melhor do que “literatura”.
– Deixe realizar as tarefas de forma autónoma. Ajude somente quando for necessário, em vez de a substituir. Tenha paciência e ensine-a como fazer. Certifique-se que ela realmente entendeu o que pretende. Oriente e supervisione sempre que possível.
– As pessoas com incapacidade intelectual demoram mais tempo a aprender, mas possuem capacidades para adquirir competências. Será necessário dar uma instrução de cada vez e repetir a mesma instrução/explicação mais do que uma vez.
– Trate-a com respeito e afeto (a área dos afetos não tem défice, pelo que facilita a compreensão da mensagem se esta é acompanhada de gestos e tom de voz afetuosos). Não utilize termos ofensivos e evite comentários depreciativos.
– É de extrema importância o trabalho desenvolvido por qualquer equipa técnica que intervenha com PCDI, sendo necessário olhar para as mesmas como seres únicos e individuais, intervencionando de forma a conseguir dar respostas às suas necessidades e contribuir para o incremento da sua autonomia e desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, melhoria da qualidade de vida.

Contribuímos todos para que sejamos uma Sociedade Inclusiva, onde todos somos diferentes mas com direitos iguais!

Mara Rezende, Psicóloga

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