Apoios que Libertam

No mês de abril costuma estar muito presente a ideia da liberdade, pois além de comemorarmos o 25 de Abril é também o tempo em que nos libertamos dos constrangimentos típicos do Inverno.

Parece pois ser uma boa altura para refletirmos sobre até que ponto os apoios, que A2000 e organizações similares prestam às pessoas que cuidam, são libertadores ou limitadores.

Atualmente, discute-se muito se os apoios são mais ou menos inclusivos ou segregados, mas, felizmente, o mundo não é só a preto ou branco e por isso também os apoios que asseguramos têm elementos que os fazem inclusivos e outros que ainda são típicos de apoios segregados.

O primeiro desafio é sabermos de que lado queremos estar. Depois conseguir ver se o lado em que estamos é efetivamente aquele em que queremos estar, pois sendo fácil enunciar intenções de acordo com as ideias modernas é difícil conseguirmos alinhar o nosso comportamento com elas.

A liberdade pode ser um elemento essencial para nos ajudar a compreender para que lado pendem os apoios que prestamos, pois, os apoios mais inclusivos aumentam a liberdade das pessoas, enquanto os apoios segregados limitam essa liberdade.

Os apoios inclusivos aumentam o controlo que cada pessoa tem sobre a sua vida os apoios segregados retiram todo o controlo à pessoa.

Apoios libertadores, devem permitir à pessoa decidir o apoio que quer ter e, no limite, escolher ter ou não ter o apoio.

Os apoios segregadores limitam as pessoas muitas vezes de tal forma que as pessoas apoiadas só têm contacto com profissionais e pessoas na mesma situação. 

Não podemos aceitar como normais situações em que as pessoas com deficiência vivem em circunstâncias, que descritas em abstrato nos lembram as prisões, pois impõem horas fixas para atividades como levantar, comer, deitar ou a impossibilidade de saírem sozinhas à rua.

Os apoios só são de qualidade se:

– Ajudarem a pessoa a alargar o seu mundo: pessoas, locais, recursos e serviços a que tem acesso.

– Ajudarem a pessoa a realizar os seus sonhos.

– É isso que nos dá o sentimento de liberdade .

Mário Pereira,

Presidente da FORMEM

Diretor Executivo da ASSOL

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