No mês de setembro falamos sobre a importância da IMAGEM PESSOAL em contexto social e profissional.
Quando se fala em imagem, não estamos apenas a referir-nos ao que vestimos ou à nossa aparência física. A imagem pessoal é o conjunto de tudo aquilo que mostramos ao mundo: o nosso comportamento, a forma como falamos, como tratamos os outros e como cuidamos de nós próprios.
A nossa imagem comunica. Mesmo sem palavras, ela pode transmitir confiança, respeito, simpatia, responsabilidade…ou o oposto. Cuidar da imagem é importante, porque ajuda os outros a perceberem quem somos e como queremos ser tratados.
Para cuidar da imagem é vital passar pelo processo de autoconhecimento: conhecer os meus valores, os meus pontos fracos e os pontos fortes, isto é, conhecer a minha identidade. Foi esta a temática que abordamos, com atividades individuais e em grande grupo.
O mercado de trabalho carrega um olhar distorcido sobre as pessoas com deficiência, pois muitas vezes, são vistos pela sua condição e não pela sua capacidade. O preconceito, mesmo que disfarçado de “preocupação” ou “proteção”, continua a limitar oportunidades e a reduzir o potencial de cada um, a estereótipos.
Quando a pessoa com deficiência vai a uma entrevista, os olhares já a avaliam antes mesmo de ela falar. Veem a cadeira de rodas, a bengala, a forma diferente de comunicar. Não veem o profissional, o ser humano, o talento, ou a vontade de crescer. Muitos associam a deficiência a incapacidade, quando, na realidade, podem ser apenas pessoas com formas diferentes de fazer as mesmas coisas.
A luta contra o preconceito no mercado de trabalho não é apenas sobre conseguir um emprego. É sobre ser valorizado, ter voz, crescer dentro da empresa, participar de forma plena e igual. É sobre quebrar barreiras físicas e sociais. No caso das pessoas com deficiência, cuidar da imagem é ainda mais poderoso. É uma forma de desafiar rótulos, combater o preconceito e afirmar a sua competência, pois mostrar uma imagem segura e bem cuidada ajuda a sociedade a perceber que são capazes, são profissionais, e merecem igualdade de oportunidades. É, por isso, essencial que as pessoas com deficiência reconheçam a sua importância e forma de valorizar a sua própria imagem.
Eu sou mais do que imaginam: tenho sonhos, habilidades, experiência e vontade. Quero ser visto(a) não como um “caso especial”, mas como parte do todo, alguém que pode contribuir, inovar e fazer a diferença. A inclusão começa quando se muda o olhar.
“Alerta para a Empregabilidade” é um projeto cofinanciado pelo INR, que pretende divulgar as Medidas de Apoio do IEFP e diagnosticar a disponibilidade dos empresários para a integração profissional com recurso a essas Medidas; pretende também, esclarecer a comunidade em geral sobre o Direito ao Trabalho e, agraciar todas as entidades/empresas que têm colaborado com a A2000 na integração profissional de pessoas com alguma incapacidade.
Alexandra Santos, Técnica da A2000





