O mês de junho é um mês bastante especial e animado, pois para além de marcar o início do verão, é o mês em que se festejam os Santos Populares, no caso de Tabuaço e Armamar, são as festas dos concelhos dedicadas a S. João.
Em Armamar, a convite do CLDS “CEPA – CLDS 5G “, participamos numa manifestação “Rostos Contra a Violência na Pessoa Idosa e na Pessoa Portadora de Deficiência”, realizada no passado dia 16 de junho. Esta iniciativa teve como principal objetivo sensibilizar a comunidade para os direitos humanos, combater o preconceito e promover a inclusão. De forma a ter mais visibilidade, teve cobertura jornalística da RTP. Devido às temperaturas elevadas registadas nesse dia, foi cancelado o percurso previsto para a manifestação.
Durante o mês, continuamos com saídas ao exterior para divulgar o nosso projeto e, em sala, preparamos os símbolos que serão posteriormente entregues às entidades parceiras, no decorrer do projeto.
Ao mesmo tempo, e para percebermos melhor o projeto, esmiuçámos alguns termos que gostaríamos de aqui compartilhar. Como já aqui abordamos o tema da Vida Independente, focamo-nos na Autonomia e Autorrepresentação.
A autonomia em pessoas com deficiência é um tema muito importante, pois envolve a capacidade de tomarem decisões e realizarem atividades de forma independente, dentro das suas possibilidades. É fundamental oferecer apoio, adaptações e oportunidades para que possam desenvolver as suas habilidades e participar ativamente na sociedade. Cada pessoa é única, então o que funciona para uma pode não funcionar para outra, mas o objetivo é sempre promover a inclusão, o respeito e a valorização da autonomia de cada indivíduo.
A autorrepresentação na pessoa com diversidade funcional é um conceito essencial, pois envolve a capacidade e o direito de indivíduos com deficiência se representarem a si mesmos, expressando as suas opiniões, necessidades e desejos de uma forma direta. Isso garante que as suas vozes sejam ouvidas e que as suas solicitações sejam tomadas em consideração, nas decisões que afetam as suas vidas. Além disso, a autorrepresentação promove a autonomia, o empoderamento e a inclusão social, ajudando a combater estereótipos e preconceitos.
O projeto “Desafia-te a incluir”, cofinanciado pelo INR, I.P., pretende sensibilizar a comunidade para estes temas, pois juntos, promovem a inclusão social das pessoas com diversidade funcional. Quando nos desafiamos a incluir, estamos a entender e a aceitar as diversidades que existem ao nosso redor. Incluir é mais do que permitir a presença de alguém num espaço. É um ato de respeito, empatia e valorização das diferenças.
Esse desafio, incentiva-nos a sair da zona de conforto e a aprender com as experiências dos outros, criando ambientes mais acolhedores e justos. Cada pequeno gesto de inclusão faz uma grande diferença na vida de alguém, promovendo a autoestima, autonomia e sentimento de pertença.
Sentem-se desafiados a incluir? O primeiro passo começa com a atitude de cada um!
Alexandra Santos, Técnica da A2000