Maio – Uma nova realidade de reencontros e adaptações

Técnicos da A2000 visitam clientes do CAARPD e Espaços de Convívio às suas casas

Entre momentos emocionantes de reencontros presenciais, e exigentes adaptações ao funcionamento dos seus serviços, é com determinação e máxima organização que a A2000 prepara o regresso a uma fase de «normalização» do funcionamento das suas respostas sociais, bem como a retoma de um trabalho de qualidade em prol da região.

Os tempos inéditos vividos por força de uma crise sanitária global levaram a uma adaptação rápida do funcionamento de serviços como os Espaços de Convívio e o CAARPD, com o confinamento ditado pelo estado de emergência a inaugurar a implementação de novas dinâmicas de contacto com os clientes.

Nesse âmbito, o recurso às novas tecnologias foi um instrumento privilegiado de contacto e manutenção do vínculo entre os técnicos da A2000 e os clientes, conforme explicou, relativamente ao CAARPD, a psicóloga Olinda Coutinho. “As restrições provocadas pela pandemia levaram-nos a uma situação inteiramente nova, em que tivemos de mostrar capacidade para, num curtíssimo espaço de tempo, ajustar todos os nossos serviços a um contexto que substituiu o contacto presencial pela interação à distância. Foi uma situação bastante desafiadora, na medida em que nos obrigou a desenvolver capacidades de gestão e execução de atividades a um nível nunca antes experimentado, mas que foi compensador pela evolução que nos obrigou a fazer”.

E este desafio passou por desenvolver atividades para pessoas com deficiência e incapacidade através do recurso ao mundo digital, que a psicóloga explicou. “Durante os tempos de confinamento, recorremos a um grupo no facebook, especialmente concebido para a partilha de atividades ligadas ao CAARPD, como meio privilegiado não só de contacto com os clientes e famílias, como de desenvolvimento de atividades que eram propostas pelos técnicos da A2000 através de vídeo, que eram depois realizadas pelos nossos clientes em vídeos que eles nos deveriam enviar. E a verdade é que a dinâmica gerada por essas atividades foi tão grande que, a dada altura, senti-me realizada por ver que fui capaz de, em conjunto com as minhas colegas de serviço, manter viva e até reforçada a dinâmica deste grupo”, confessou, a propósito de uma tarefa extremamente exigente, mas exemplarmente cumprida.

No referente aos Espaços de Convívio, o técnico da A2000, Daniel Carvalho, sublinhou o sentimento da falta que estes fazem à vida dos clientes, em função da suspensão temporária devida à pandemia. “Durante o período de confinamento foram realizados telefonemas regulares aos vários clientes para saber como é que eles estavam e que medidas de segurança é que vieram a adotar. Daqui o que ficou claro foi o incómodo face às mudanças drásticas que esta nova realidade os obrigou a tomar, retirando uma série de hábitos que há muito se tornaram rotineiros, como é o caso das atividades dos Espaços de Convívio. Desta feita, ficou espelhada a saudade deste tipo de contacto, bem como de tudo o que tornava o dia-a-dia normal. Aliás, o reconhecimento da falta que os Espaços de Convívio fazem é transversal. É uma tarde por semana que permite, não só um convívio saudável entre clientes e técnicos, mas também uma troca constante de experiências e emoções. O impacto é mais que significativo e todos os clientes reconhecem o contributo em prol do seu bem-estar”.

Este sentimento de saudade e de falta de um espaço agradável de confraternização foi também realçado pela técnica da A2000, Paula Conceição, que sublinhou a importância dada pela A2000 à manutenção de um contacto próximo e permanente com estes clientes, durante o período de confinamento, e a enorme alegria gerada pelos primeiros contactos presenciais. “Eu estava ansiosa por contactar presencialmente com os nossos clientes, primeiro porque eu própria sentia necessidade disso, e depois porque era algo que se notava que eles ansiavam. Todos, sem exceção, adoraram as nossas visitas e, acima de tudo, a preocupação que demonstrámos ter por eles, quer nos telefonemas e contactos, também pelas redes sociais ou sms, que regularmente fizemos, quer obviamente pelo facto de os visitarmos. Alguns referiam-no com orgulho mencionando comentários e conversas tidas com vizinhos e/ou conhecidos, tais como “…são os do curso que ligam a saber de mim, é verdade…”, ou “…os da A2000 ligam sempre…”. No fundo, todos sentiram o nosso apoio numa fase em que tinham medo, angústia, solidão. O nosso contacto lembrava-os do quanto eram felizes antes, e acho que, como em tudo, acabaram por valorizar mais o que já tinham, pelo que anseiam pelo regresso às atividades. E nós, técnicos, acabamos por ser parte da família, e uma parte que os faz felizes. Vim de coração cheio pelas conversas e reencontros que tive com cada um deles, e em cada gesto, em cada olhar, em cada palavra trocada, consegui vislumbrar o carinho, admiração e amor que têm por nós”.

Gonçalo Novais, Técnico da A2000

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