Mês de outubro – O que é para ti a família?

Clientes da A2000 fazem ações de sensibilização na comunidade

Foi desta forma que iniciámos o mês de outubro. Começámos por entender a família como um grupo de pessoas unidas pelo afeto, que podem viver na mesma casa ou não, e que podem ou não ter laços de sangue. Amor, União, Educação, Sinceridade, Confiança, Felicidade, Proteção – eis alguns adjetivos que encontramos para definir a família e o seu papel na vida de cada um de nós.

Segundo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com deficiência: “Os Estados Partes tomam todas as medidas apropriadas e efetivas para eliminar a discriminação contra pessoas com deficiência em todas as questões relacionadas com o casamento, família, paternidade e relações pessoais, em condições de igualdade com as demais, de modo a assegurar o reconhecimento do direito de todas as pessoas com deficiência, que estão em idade núbil, em contraírem matrimónio e a constituírem família com base no livre e total consentimento dos futuros cônjuges”. Foi com este mote que executámos o cartaz deste mês.

Associado a este direito, abordámos a deficiência motora. Ficámos a saber que existem diversos tipos de deficiência motora, com nomes muito complicados:

Monoplegia – paralisia num membro do corpo; Hemiplegia – paralisia na metade do corpo; Paraplegia – paralisia da cintura para baixo; Tetraplegia – paralisia do pescoço para baixo; Amputação – falta de um membro do corpo.

Optámos por evidenciar a ausência de membro superior (braço), e preparámos o desafio para levar à comunidade. Começámos por fazer uma simulação em sala, em que tentámos, apenas com uma mão, abrir um papel previamente fechado. Demorámos bastante tempo, mas conseguimos abrir e percebemos que as nossas tarefas tornam-se bastante mais demoradas e difíceis de concretizar.

Por conseguinte, resolvemos desafiar os minimercados e os cabeleireiros a executarem as suas tarefas diárias apenas com um braço, e fizemos questões como “E se a sua família o impedisse de namorar ou casar, como se sentiria?”, ou “E se não pudesse sair com os seus amigos?” – perguntas difíceis para quem nunca se viu nessa situação… Ficou a semente da dúvida, que esperamos que germine e torne as pessoas mais conscientes da discriminação, muitas vezes executada em nome da proteção. Porque superproteger não é proteger, é tirar direitos! (o direito à informação, à escolha, à capacitação, à autodeterminação…).

De uma forma geral, as entidades que interpelámos argumentaram terem grande dificuldade em desempenhar bem a sua atividade profissional, em especial os cabeleireiros, que necessitam de usar as duas mãos constantemente.

Em Tabuaço, o nosso grupo foi convidado pela Câmara Municipal a participar na Semana Municipal para a Igualdade. Desta forma, de 24 a 28 de outubro, tivemos oportunidade de expor os trabalhos do nosso projeto “Se tu fosses eu?” na Loja Interativa de Turismo, e desafiarmos os alunos do Agrupamento de Escolas de Tabuaço a colocarem-se no lugar das várias deficiências que temos vindo a abordar. No final, deixaram-nos mensagens de incentivo e solidariedade, manifestando a importância de divulgarmos o nosso projeto junto da comunidade.

Recordamos que o projeto “Se tu fosses eu?” é cofinanciado pelo Programa Nacional de Financiamento do INR, I.P. e tem a finalidade de despertar a comunidade para outras realidades: a realidade dos Direitos (ou a falta deles) da pessoa com deficiência (visual, auditiva, motora, intelectual).

Agradecemos a colaboração de:

  • Armamar: Mercadinho Douro; Cabeleireiro São; Loja dos Congelados; Cabeleireiro NVP
  • Murça: Salão Navarro; Mercado da Vila
  • Tabuaço: Loja do Eduardo; Cabeleireira Margarida Cruz, Câmara Municipal de Tabuaço

Marina Teixeira,  Diretora Técnica

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