O dia de S. Valentim, os afetos e as pessoas com Diversidade Funcional

Fevereiro é, por excelência, o mês em que se assinala o dia de S. Valentim, mais conhecido pelo dia dos namorados.

Neste dia, com os nossos clientes optamos por celebrar os afetos, pois falar em namorados é suscetível de trazer tristeza a alguns clientes que gostariam de ter namorado/a mas não têm. Assim, aproveitamos esta oportunidade para celebrar o AMOR nas suas diversas formas, enaltecendo o carinho e a ligação entre as pessoas, como os amigos, a família e a comunidade.

Nós entendemos que é um momento particularmente importante para refletir sobre a inclusão e o valor dos afetos em todos os seus aspetos, sem barreiras. Muitas vezes, as pessoas com diversidade funcional enfrentam desafios relacionados com estigmas e exclusão social, mas o amor e os afetos podem ser uma poderosa ferramenta para promover a inclusão. Quem o diz, é a própria Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência que garante não apenas a inclusão e a acessibilidade, mas também o direito à vida social e ao convívio em comunidade, que envolve diretamente os afetos:

· Direito à igualdade e à não discriminação: As pessoas com deficiência têm direito a serem tratadas com o mesmo respeito que qualquer outra pessoa. Isso inclui o direito de estabelecer relações afetivas e sociais sem barreiras, preconceitos ou estigmas, sejam eles em termos de amizade, namoro ou relacionamentos familiares.

· Direito à vida privada e familiar: A convenção assegura o direito das pessoas com deficiência a formarem e manterem as suas próprias famílias, incluindo o direito de casar, ter filhos e tomar decisões sobre sua vida pessoal. A inclusão e o respeito pelas escolhas afetivas dessas pessoas, são essenciais para garantir a autonomia no campo dos afetos.

Os afetos, como o amor, amizade e apoio emocional, são essenciais para o bem-estar psicológico e emocional de qualquer pessoa. No caso das pessoas com diversidade funcional, esses afetos podem ser ainda mais importantes para enfrentar os desafios de exclusão e discriminação, mas o que acontece na realidade, é que elas enfrentam dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos devido à perceção errada de que pessoas com deficiência não podem ou não têm interesse em criar relacionamentos afetivos. Isso pode gerar uma exclusão social mais profunda e tornar a pessoa ainda mais vulnerável à solidão e à falta de apoio emocional.

O que podemos fazer? Para alterar essa situação, é fundamental promover uma maior consciencialização sobre a diversidade funcional, a inclusão e o respeito pelos direitos das pessoas com deficiência, através de campanhas de informação e sensibilização que quebrem os estereótipos de que as pessoas com deficiência não têm interesse em relações afetivas ou que não são capazes de criar laços íntimos. Da nossa parte, com o pouco que fazemos, esperamos estar a contribuir para que se desmistifique essa ideia.

Apesar do carnaval este ano, ter a sua data no início do próximo mês, abordamos este tema em fevereiro, pois os municípios e as escolas organizaram o tradicional desfile. Assim, em sala, ficamos a conhecer os vários tipos de carnaval, em Portugal e no Mundo, vendo alguns vídeos e, tivemos oportunidade de fazer algumas máscaras.

Em Tabuaço, aceitámos o convite e participamos no desfile sob o mote “Profissões da nossa terra”, com o tema “Costureiras e Alfaiates” em que todos os acessórios foram pensados e feitos por nós. Foi uma tarde muito divertida e bem passada.

Relembramos ainda que, tanto em Tabuaço como em Armamar, continuamos com as nossas atividades de piscina e música e piscina/ginásio, respetivamente.

Alexandra Santos, Técnica da A2000 

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