Este mês de março levou-me pelos caminhos de Portugal, mais concretamente pelos caminhos de Baião e Resende. Caminhos que percorri na companhia das colegas Goreti e Marlene.
A pandemia e as suas medidas de confinamento fizeram com que, à semelhança do ano passado, a formação fosse suspensa. E, suspensa, ficou a nossa missão. O nosso trabalho de integração socioprofissional dos nossos clientes ficou, mais uma vez, em standby, comprometendo os ganhos conseguidos até ao presente e o sucesso da nossa missão.
O confinamento privou os nossos clientes do contacto presencial e, consecutivamente, das oportunidades de aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, da capacitação psicológica, da prática das competências pessoais e sociais e profissionais para aqueles que se encontram em FPCT. NÃO! Este ano dissemos NÃO e decidimos pensar numa forma segura, cumprindo as diretrizes da DGS, de manter o contacto presencial e, então, surgiram as visitas domiciliárias.
Comecei sem saber como iriam reagir à minha presença, como iria ser recebida… Como sempre, a sensibilidade emocional dos “meus” formandos superou todas as minhas expetativas! Em todas as visitas fui recebida de forma afetuosa, com alegria a transbordar pelos olhos brilhantes e o sorriso a ecoar debaixo da máscara. Fui recebida com saudades, muitas, e com uma imensa vontade de regressar. Isto deu-me a certeza que havíamos tomado a decisão certa e estávamos no caminho certo! Isto mostrou-me, claramente, a natureza da nossa relação e ligação, mais forte e mais segura e mais emotiva que eu alguma vez havia imaginado. Isto mostrou-me que as visitas domiciliárias foram tão importantes para mim (ou mais…) como para os meus formandos.
Nas visitas entregámos um manual de atividades para mantermos as oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal. Nas visitas vamos ao encontro deles, ouvimos as necessidades e as expetativas e trabalhamos a capacitação. Conversamos, rimos e praticamos as competências pessoais e socias.
Em cada visita, um sorriso… Em cada sorriso, uma felicidade! Afinal, a felicidade são os sorrisos que recebemos e não os que damos!
Por esta felicidade, agradeço-vos a todos de coração.
por Sandra Pinto, Psicóloga A2000