“Viver em sociedade requer instinto de formiga, dentes de leão e habilidade camaleónica” Carlos…

Clientes realizam trabalhos manuais e expõem trabalhos

O Homem é um animal social, mas, para a convivência em sociedade ser possível, são necessárias diversas competências essenciais para que possamos ver os outros, sem nunca nos esquecermos de nós mesmos e vice-versa. Afinal, todos somos importantes, apesar das nossas diferenças, das nossas crenças ou das nossas escolhas.

Outubro foi um mês dedicado à exploração das nossas competências sociais mas, como já vem sendo habitual, o mês iniciou-se com a elaboração do nosso Jornal de Parede do mês transato, o qual é exposto nas instalações onde decorrem as atividades que, no caso de Tabuaço é a Biblioteca, ficando público este resumo daquilo que foram as nossas atividades e as fotografias das mesmas – que foram selecionadas cuidadosamente por nós.

Uma das primeiras atividades do mês mostra-nos que é possível aprender e desenvolver diversas competências através do jogo. Como tal, pudemos passar uma tarde divertida com o “Jogo do STOP das Profissões”, jogo este que nos permite trabalhar a atenção, a memória, a criatividade, a rapidez de raciocínio e ainda proporciona uma melhoria do vocabulário.

Em sala vimos que uma das competências essências para a convivência em sociedade diz respeito à Comunicação e à importância de ouvir, de ser ouvido, de se fazer ouvir e de comunicar através do comportamento. Com a realização de uma ficha e de um jogo onde demonstrávamos as várias atitudes que involuntariamente temos quando escutamos alguém, aprendemos que comunicar implica dar e receber informação. Mesmo em silêncio todos comunicamos e o nosso comportamento é também uma forma de comunicar. Se forem genuínos, os comportamentos refletem as nossas atitudes em relação às várias situações com que nos defrontamos no dia-a-dia. Ainda dentro deste tema e das várias formas de Comunicação, elaborámos um “Anúncio de Autovalorizarão” onde cada um exaltou as suas qualidades e capacidades, valorizando assim aquilo que de melhor cada um tem.

De forma a evitar a constante permanência em sala e promover um maior distanciamento e as atividades ao ar livre, aproveitámos um belo dia de sol e realizámos uma caminhada pelos arredores da Biblioteca Municipal.

No decorrer da mesma, aproveitámos uma pausa para descanso onde abordámos o tema da Empatia e da necessidade de “calçar os sapatos dos outros”. Vimos que compreender como alguém se está a sentir. ou quais foram as suas experiências, pode afetar a forma como nós vemos e como reagimos a essa pessoa. Constatámos ainda que alargarmos o nosso ponto de vista, incluindo a observação do modo como aquela pessoa se está a sentir, é uma forma de começarmos a entender os outros.

Realizámos também uma atividade dedicada à importância de expressar os sentimentos que se intitulava “Dizer o que Sinto vs. Controlar o que Mostro”. Nem todas as sensações são agradáveis e é importante estarmos preparados para perceber quando alguma coisa não “nos cheira bem”. Como tal, realizámos um jogo de identificação de odores onde nos foi proposto identificar se seria um cheiro agradável ou desagradável, bem como identificar uma expressão para cada fragrância. Realizámos também o jogo da “caixa de sensações” onde deveríamos identificar o objeto através do tato. Com estas atividades pudemos tomar consciência dos diferentes sentimentos e as sensações associados aos elementos do jogo, bem como encontrar formas aceitáveis de expressar o que sentimos.

Uma outra competência que ainda trabalhámos este mês diz respeito a Evitar a Agressividade através da Negociação. Para tal, além de identificar a melhor atitude perante um conjunto de exemplos que nos foram apresentados, realizámos também um debate em sala com objetivo de escolher uma hipotética visita de estudo. Neste debate cada um demonstrou o seu ponto de vista, ouviu, falou e fez-se ouvir, nunca desrespeitando os outros e aceitando os argumentos de cada um, o que levou a uma pacífica negociação onde todos ficámos a ganhar.

Para terminar o mês, realizámos ainda algumas filmagens de contextos profissionais no comércio local para serem posteriormente visualizadas em sala, uma vez que, devido à pandemia da COVID-19 não nos será possível deslocarmo-nos até estes locais e observar estes contextos diretamente. Contudo, continuamos esperançosos num futuro melhor e no terminar desta fase difícil.

Assim sendo, concluímos o mês de outubro com novos conhecimentos e com novas ferramentas para a convivência em sociedade pois, “viver em sociedade significa fazer do coletivo a sua própria felicidade, não impor a sua vontade ou aquilo que acredita que seja verdade” – Luciano F. Aschkar.

Olinda Coutinho, Técnica da A2000

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